13 de fev. de 2010

CARRETILHA CHILENA


GUILLERMO PRADO (1909-2003)
Chileno, professor de aeromodelismo inventou a carretilha chilena em 1965. Essas carretilhas da foto são especiais pela sua complexa marchetaria e utilização de madeiras de até 600 anos como a "LAUREL VERDE" que quanto mais velha mais verde fica; a "AVELLANO MIXTO", a "RAULI VERMELHA" e a"ALERCE VERMELHA" que tem maturação de 800 anos. Essas madeiras são exclusivamente chilenas e foram retiradas de sobras de demolições de casas antigas.

12 de fev. de 2010

PINTURAS SOBRE PIPAS DE GERSION DE CASTRO "ARTISTA PLÁSTICO BRASILIENSE"

CÉU DE PIPAS - DESENHO
Gersion de Castro
Poético depoimento visual


A pintura de Gersion de Castro já mereceu numerosos elogios, mas eles, em sua grande maioria, insistem em colocar o artista como uma espécie de repórter das telas, enfatizando a sua habilidade de criar imagens sobre o Paranoá, Região Administrativa do Distrito Federal (DF) que está a 20 minutos do centro da Capital do país, Brasília.



O local, hoje com uma população de aproximadamente 65 mil pessoas, guarda, de fato, uma importante história, pois surgiu em 1957, com a chegada dos primeiros trabalhadores para a construção de Brasília, mais especificamente para as obras da Barragem do Paranoá.


DESAFIO NO AR - ÓLEO SOBRE TELA


Ao longo dos anos, foram agregando-se à estrutura do antigo acampamento vilas de moradias. A região era considerada uma das maiores invasões do DF e o local apenas ganhou reconhecimento público no final dos anos 1980, após uma longa trajetória de resistência e de luta dos moradores.

Nascido em Brasília, DF, em 8 de novembro de 1969, Gersion acompanhou essa história e sua arte tem esse universo como mote. Ele não leva para a tela o Paranoá de hoje, mas sim aquele que conheceu quando criança, com falta de água e de luz, barracos acumulados e cenas de lazer aos finais de semana.

Foi nessa realidade que Gersion começou a desenhar nas paredes do barraco de madeira onde morava. Incentivado pelos pais e pela irmã mais velha, passou a fazer desenhos para jornais comunitários e cartazes para anunciar eventos culturais, festivais de música, festas juninas e comemorações religiosas.

DOMINGO DE CLÁSSICO NA VILA - ÓLEO SOBRE TELA


O contato com artistas plásticos como Isabel Hilgenberg e Marlene Godoy, foi importante para aprimorar o conhecimento técnico, mas sua poética já estava se cristalizando na maneira de ver o Paranoá. Não se trata apenas de um tema, mas de um manancial de estímulos visuais.

A intensidade das cores é uma característica relevante, assim como a habilidade compor grupos de pessoas nas telas interagindo com o meio. Barracos, postes de luz e personagens diminutos geralmente são o cenário de algum acontecimento principal que ganha o centro da tela.

Reivindicações que almejavam a fixação no Paranoá, dezenas de pessoas levando latas de água para serem atendidas por um carro pipa ou as cores de roupas e de bandeirinhas das tradicionais festas de junho são solucionadas plasticamente numa mescla entre o conhecimento de uma determinada realidade somado à habilidade técnica.

FESTIVAL DE PIPAS DO PARANOÁ - ÓLEO SOBRE TELA


Não se pode correr o risco de compreender a arte de Gersion de Castro apenas como um depoimento histórico ou sociológico. Ele se alimenta dessa realidade em suas pinturas e desenhos, mas seu valor como artista plástico está além disso. A maneira como realiza as suas composições o coloca acima do tema que retrata.

O pintor de Brasília realiza um poético depoimento visual que se distingue pela sinceridade e por um complexo e personalíssimo mecanismo de composição de lembranças e fragmentos de sua história. Trata-se de um caminho legítimo, mas, se o seu assunto fosse outro, o resultado final seria igualmente admirável.

FIM DE TARDE NA VILA - ÓLEO SOBRE TELA




Oscar D’Ambrosio, jornalista e mestre em Artes Visuais  (AICA- Seção Brasil).



11 de fev. de 2010

PIPAS E SANTOS DUMONT


Quando o homem começou a construir uma máquina para voar, só existiam duas referências para o vôo, que eram:Os pássaros e as pipas.
Santos Dumont construiu um conjunto de pipas-caixas, colocou um motor e conseguiu voar.

10 de fev. de 2010

HISTORIAS SOBRE PIPAS


O primeiro vôo do homem está relacionado com a mitologia onde consta que Ícaro voou tão alto, que o sol derreteu a cêra que prendia as asas ao seu corpo,sendo assim Ícaro caiu e morreu.
Pipa, Papagaio ou Pandorga é um brinquedo que voa preso a extremidade de uma linha ou barbante. Em geral, tem uma armação leve de bambu ou madeira, sobre a qual se estica uma folha de papel ou plástico. Os historiadores acreditam que tenha sido inventada entre 400 e 300 (AC) por Arquitas, um grego da cidade de Tarena. No entanto, os Chineses afirmam que um de seus generais Han Sin inventou em 206 (AC), para uso dos militares.
Em 1749 o Escocês Alexander Wilson, usou vários termômetros presos as Pipas para medir a temperatura nas alturas. Benjamin Franklin em 1752, utilizando uma pipa forrada de pano, demonstrou em um dia de chuva, que nas nuvens existe eletricidade estática, com isso foi criado o pára-raios. O inglês Douglas Archibald em 1883, prendeu um anemômetro ( Medidor de Vento ) à linha de uma pipa mediu a velocidade do vento a 360m de altura. A Aerofotografia com o auxílio de pipas é muito praticada desde o fim do século XIX. Guglielmo Marconi em 1901, usou uma pipa para erguer um antena e fez a primeira transmissão de rádio.
No fim do século XIX e início do século XX, o homem estava decidido a construir um máquina que lhe permitisse voar, nessa época ele só tinha duas referências de vôo, que eram as aves e a pipa. Muitos tentaram imitar os pássaros com suas máquinas sem sucesso, outros tentavam usando pipas. Em 1906, depois de vários testes o Brasileiro Alberto Santos Dumont, fez o primeiro vôo, usando um conjunto de pipas-caixas, acionadas por suas próprias forças.Este avião recebeu o nome de "14 BIS".


Origem do nome pipa 

Pipa, nome dado ao "papagaio" de papel por ser semelhante ao recipiente pipa ( vasilha de madeira usada para guardar vinhos ). Esse tipo de papagaio era confeccionado com três varetas, e foi usado por muitos anos. Foram criadas três versões: duas feitas com três varetas e uma com quatro. Com o passar do tempo, essas pipas ficaram conhecidas como pipas-modelo. No final da década de quarenta, surgiu a pipa pião (ver no site) vinda do Nordeste, e o cerol. As pipas-modelo, usavam lâminas de barbear para cortar a linha dos adversários, não resistiu ao cerol e a rapidez das pipas pião e foram extintas, dando lugar à atual cultura.

9 de fev. de 2010

500 ANOS DE PIPAS


Adivinhem quem trouxe a pipa para o Brasil? Os portugueses, ora pois. E nesta onda comemorativa o militar da reserva Antônio Augusto criou sua pipa de três metros de comprimento com a réplica de uma das três caravelas de Cabral. Do alto de seus 20 anos de cerol e rabiola, Antônio vai ministrar um oficina de pipas no Museu Histórico Nacional nos dias 9,16 e 21 de Abril. O professor já tem 62 troféus conquistados em todo o mundo nas categorias beleza, originalidade e gigantismo. E o ponto de partida é sempre a pesquisa na Biblioteca Nacional. Apesar do tamanho, a pipa da caravela voa que é uma beleza. O segredo da estabilidade é a aerodinâmica do barco - que tem uma espécie de aerofólio embaixo do casco, e , por isso, dispensa o uso da rabiola (o rabinho colorido da pipa, feito para dar equilíbrio).

MAIS MODELOS DE PIPAS
 





PIPA "MODELO"
Muito usadas em festivais na categoria beleza

Pipa pião - " A pipa acrobática brasileira"
Também chamada de corte ou de combate.
PIPA RETÂNGULO


 
PIPA CAIXA
PIPA RAIA OU ARRAIA
PIPA ROKKAKU
Armação
1 - As Varetas horizontais ( A e B ) são CURVAS de bambu com 3cm de largura e 1,80m de comprimento.
2 - A vareta vertical pode ser de flecha de Ubá cm 2,35m
3 - Nas Pontas das varetas coloca-se um gancho feito com arame grosso para prender a vela da pipa
Vela ou Painal
1 - A vela é feita com papel 2º via, cintada pela parte de traz com 35cm de espaço no sentido horizontal, e
mais 3 cintas no sentido vertical. A vela mede 1,75 x 2,30 m.
2 - nos Vértices ( 6 ), coloca-se um pedaço de tecido para reforçar.
3 - A vela é contornada com rami duplo, tendo em cada vértice um laço de 1,5cm para prender as varetas
Cabresto
É feito com rami 5 fios, conforme a figura 
Obs.: Esta pipa não usa Rabo ou rabiola.

PIPA ACROBÁTICA DE QUATRO LINHAS
Material
1 - Nylon fino resinado para vela ( 2,50 x 0,85 m )
2 - Tecido para reforço nos vértices
3 - Elástico chato para prender a vela nos vértices
4 - Quatro linhas de rami de6 fios com 35 m
5 - Duas manetes para o comando
6 - onze grampos de anzol para prender o cabresto e a manete
.
-Vareta Principal-
Uma flecha de ubá com 2,56 m e duas com 0,92 m.
- Solte pipa com segurança - bons ventos -
1- Evite áreas com fios elétricos
2- Cuidado com pessoas que estão à sua frente
3- Não solte pipas sobre laje de casas, sem as proteções laterais
4- O uso do cerol é proibido
5- 
Cuidado com a travessia de ruas onde passam veículos

8 de fev. de 2010

OS 10 MANDAMENTOS DO BOM PIPEIRO

10 MANDAMENTOS

1. Solte pipa longe da rede elétrica, dê preferência a espaços abertos. Além de evitar o risco de acidentes, você terá mais liberdade para mostrar suas habilidades sem perder a pipa. As áreas próximas de aeroportos também são impróprias, pois as pipas podem atrapalhar o tráfego aéreo, colocando vidas em risco.

2. Aprenda a soltar pipa sem rabiola. As pipas agarram nos fios quase sempre por causa da rabiola. As do tipo arraia não precisam de rabiola, são emocionantes de soltar, além de mais bonitas e sua brincadeira fica mais segura.

3. Outra furada: utilizar papel laminado na pipa. Se ela tocar nos fios vai provocar um curto-circuito que poderá atingí-lo, além de deixar o bairro inteiro sem luz.

4. Linhas metálicas no lugar de linha comum nem pensar, pois ela podem causar choques elétricos.

5. Se a pipa agarrou no fio, deixe para lá, é melhor fazer outra. Subir em telhados, postes ou torres para recuperá-las é um grande risco. Jamais tente removê-las, muito menos utilizando canos, vergalhões e bambus.

6. Atenção: Como o assunto é eletricidade, aos primeiros sinais de tempestade recolha sua pipa. Ela funciona como pára-raio, conduzindo energia.

7. Fique atento para que a linha da pipa não atravesse no caminho de ciclistas e motociclistas. Muito acidentes acontecem porque as linhas não podem ser vistas. E lembre-se, nunca use cerol. Ele é proíbido por lei.

8. Em vez de correr atrás de pipa voada, faça outra. Correr atrás de pipa é correr risco de ser atropelado.

9. Em dias de vento forte, quando as pipas são arrastadas com força, é bom usar luvas ou outro tipo de proteção.

10. Lembre-se: quem deve ficar no alto é a pipa e não o pipeiro. Não solte pipa nas lajes das casas. Qualquer distração pode resultar em choques ou perdas.


7 de fev. de 2010

O VOCABULARIO DO PIPEIRO

Soltar pipa é hoje uma atividade que possui até vocabulário próprio. Fazem parte dele palavras como:

Aparar - Pegar com sua pipa uma outra pipa no ar;
Arriar - Abaixar a pipa para recolhê-la ou cortar outra;
Chapar ou embolar - Encontro de duas pipas de modo que se enrosquem sem se cortar,
Corrupio - Pipa rodando no alto;
Cruzar - Quando um pipeiro tenta cortar o outro;
De bicar - Movimento contrário, para baixo;
De menas - Quando um dos participantes do cruze está com menos linha.
Estancar - Quando acidentalmente a linha da pipa arrebenta.
Fazer à cata - Cortar varias pipas;
Pipa Voada - Pipa que foi cortada e ainda está no ar;
Tentear - Usar uma das mãos para dar puxões na linha fazendo a pipa subir;
Tá na minha! - Expressão usada quando se consegue pegar uma pipa voada primeiro;
Voar - Um outro pipeiro consegue cortar sua linha

6 de fev. de 2010

HISTORIA DA PIPA


As pipas nasceram na China antiga. Sabe-se que por volta do ano 1200 a. C. foram utilizadas como dispositivo de sinalização militar. Os movimentos e as cores das pipas eram mensagens transmitidas à distância entre destacamentos militares.


No décimo segundo século, na Europa, as crianças já brincavam com pipas. Vale a pena notar também o papel desempenhado pela pipa como aparelho de medição atmosférica. O político e inventor americano Benjamin Franklin utilizou uma pipa para investigar e inventar o Pára-raios. Hoje, a pipa mantém a sua popularidade entre crianças e adultos de todas as culturas.

5 de fev. de 2010

NOMES DADOS ÀS PIPAS EM REGIÕES BRASILEIRAS E OUTROS PAÍSES




Brasil


Papagaio - Em todo o Brasil
Raia - Norte do Paraná até Curitiba
Quadrado e Papagaio - Interior de São Paulo
Curica, Cângula, Jamanta, Pepeta, Casqueta e Chambeta - Norte
Pipa - São Paulo (capital) e Rio de Janeiro
Arraia, Morcego, Lebreque, Bebeu, Coruja e Tapioca - Nordeste
Barril e Bolacha - Nordeste
Estilão e Pião - Sudeste
Pandorga - Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sul do Paraná
Cafifa - Niterói
Maranhão - Minas Gerais e algumas regiões do interior de São Paulo




Outros Países


Cometa - Espanha, Uruguai e alguns países de língua castelhana
Papalote - México
Barrilete - Argentina
Papagaio - Portugal
Kite - Inglaterra, Estados Unidos e todos os países de língua inglesa
Tayara - Líbano
Cerfvolant - França e países de língua francesa
Aetos - Grécia
Drachen - Alemanha Wau - Malásia
Aquiloni - Itália e países de língua italiana Sarkany - Hungria
Takô - Japão Leijani - Finlândia
Shirosshi e Shiem - China Vliegers - Holanda
Drak - Tchecoslováquia (em Tcheco) Drakar - Suécia
Jarkan - Tchecoslováquia (em Eslavo) Didak - Bélgica
Volantin - Chile e alguns países de língua castelhana
Wau - Malásia
Sarkany - Hungria
Leijani - Finlândia
Vliegers - Holanda
Drakar - Suécia
Didak - Bélgica
Stell - Em Basco (região de Barcelona - Espanha)
Atok´er - Língua Maya
Tchiang - Nepal
Patang - India , Afeganistão
Vozdouchnei - Zmiei - Rússia
Chiriachirou - Sri Lanka
Caidéu - Vietnam
Wau - Indonésia
Yoah - Coréia
Tairawakia - Iran , Iraque , Baren

4 de fev. de 2010

PIPAS VIRTUAIS

Construa pipas virtuais de alta tecnologia com o auxílio de um programa simulador disponível no site da NASA, mais especificamente na página de Downloads de Programas Interativos. Além desse simulador de pipas, há também disponíveis outros programas bastante interessantes tais como, um simulador de foguetes, um de variação da atmosfera terrestre de acordo com a altitude e mais um que permite fazer experiências para investigar-se o comportamento dos gases.



3 de fev. de 2010

AS PARTES DA PIPA




VELA - É a superfície de papel plástico ou tecido onde o vento bate, fazendo com que a pipa levante vôo.

ESTRUTURA - É a armação de varetas que pode ser feita de madeira, bambu, fibras, palito de coqueiro, caule de paina, duralumínio e outros materiais. As varetas são as que mantém a vela esticada e seguram a estrutura da pipa.

ESTIRANTE OU CABRESTO - São tensores de linha que servem para manter a pipa com certa inclinação em relação ao vento. Os estirantes se unem à linha para que o vento levante a pipa do chão. Uma regra prática para regular os estirantes de uma pipa consiste em pendurá-los e regular de modo que a superfície forme um ângulo de aproximadamente 30º em relação à horizontal. Esta regulagem é só aproximativa, porque a definitiva será feita no momento de empinar. O ângulo vai depender do tipo de pipa e da força do vento presente. O estirante, dependendo da região do nosso país, recebe vários nomes: cabeçote, cabeção, cabeçário, compasso, cabresto, quilha, brida, chave, zil, tirante etc..

CAUDAS - O objetivo da cauda é estabilizar o vôo da maioria das pipas planas. Existem diversos tipos de caudas, cada qual mais indicada ou com melhor desempenho, de pendendo da pipa escolhida. A cauda, dependendo da região do Brasil, pode receber vários nomes; rabo, rabiola, rabada etc.

RABIOLA - Em um único fio são amarradas várias tiras de papel ou plástico com cerca de 50 cm de comprimento e 2cm de largura, em intervalos aproximados de 15cm. Pode ser usada em qualquer tipo de pipa e é a única cauda que funciona no caso do maranhão. Material adequado: papel crepom, plástico, pano leve.

TIRAS - É o tipo mais simples de cauda: Corte tiras de papel ou plástico de 1,5 a 2,00 m de extensão e 3 cm de largura. Duas ou três tiras são o suficiente. Material: papel crepom, plástico e pano bem leve.
CORRENTE - É uma cauda composta de tiras de papel montadas em forma de elo. E necessário, porém, fazer pequenas argolas e entrelaçá-las, unindo as pontas das tiras com cola. Material adequado: papel de seda ou papel impermeável.

O VÔO - A força dos ventos é muito importante pois, no caso de ventos fracos, as pipas grande de maior peso não levantam e os ventos fortes quebram as varetas. O melhor vento para se empinar pipas é o de média intensidade e contínuo A subida da Pipa se dá devidamente do escoamento do vento sobre suas asas, formando uma zona de baixa pressão em cima da pipa. As pipas devem ser as mais leves possíveis para que o vento possa levantá-las. Para certos ventos, deverão ter estrutura mais leve que o suporte, a vela armada e resistir à força do vento sem quebrar. Um cálculo rápido para saber se a pipa vai funcionar consiste em pesar a Pipa e dividir o peso em quilos pela superfície ativa da vela em metros quadrados. A posição da pipa em vôo depende do ângulo de ataque (entre 25 e 30°). Para isso, o estirante deve ser confeccionado com ângulo aberto para o vento fraco e fechado para o forte. A elevação máxima pode ser atingida quando a pipa se encontra na direção oposta ao vento. A estabilidade direcional e lateral depende das proporções e de um equilíbrio de peso e dos planos sobre o eixo de simetria, bem como da igualdade dos estirantes superiores (se forem dois). Esta regra se aplica a todas as pipas, sem exceção.

A LINHA - A linha é fundamental na confecção da pipa para amarrar as varetas e fazer a armação, além de servir para empiná-la. Para enrolar a linha na hora de empinar a pipa, são empregados alguns objetos, como carretilhas, manete, latas de cerveja e luvas, para proteger contra bolhas e cortes nas mãos.

2 de fev. de 2010

PIPA E POESIA

Pipas e sonhos...

Vi uma cruz sepulcral nos fios de energia na rua.
Era apenas o esqueleto de uma pequena pipa que ali se prendeu.
E era o sepulcro de um pequeno sonho repousado estático sobre a alta tensão, interte.
O vento já nao faz diferença, passa por entre os resquícios de voos e vai embora, sem fazer aquelas varetas alçarem voo e alcançarem o céu, levando consigo o menino que empunhava a corda que prendia a pipa à terra, e ao mesmo tempo elevava a criança aos céus, no embalo dos ventos...
____

Pandorga, Papagaio e Pipa

Texto de

Nina Araújo & Ana Lucia Timótheo da Costa


“Num tasca que tá
Na mão!
Quem mandou soltar
Cafifa
Com cerol que
Corta a mão?
 
A danada da rabiola
Quando desce pro
dibique’
Tem som do rabo de gato
Que corre fazendo trique,
Tem som do rabo de gato
Que corre fazendo trique

“Num tasca que tá
Na mão!
Quem mandou soltar
Cafifa
Com cerol que
Corta a mão?

Vou enlaçar no pião,
E torcer este coitado
Pra descer na contra-mão!
Lá no céu
Vou dar o bote
Quem subiu
Segure o short
Porque tem cafifa avoada
Que desceu aqui no chão...

Num tasca que tá
Na mão!
Quem mandou soltar
Cafifa
Com cerol que
Corta a mão?

Vou ganhar na cortadeira
Êh cafifa !, Éh brincadeira!
Se eu vencer não chore não...
Vou tomar, mas eu devolvo,
Sou criança e me comovo,
Com quem fica sem sorrir

Toma de volta, ela aí...
Toma de volta ela aí...
E vamos soltar pipa...
Que é pra todo o povo rir...

Ei,, num tasca que tá
Na mão!
Quem mandou soltar
Cafifa
Com cerol que
Corta a mão?


PIPA NO AR

Texto infantil
Marlene B. Cerviglieri

Tão linda e colorida.
Subiu rápido para o céu!
Dançava com o vento,
Nas piruetas mil!

A linha foi soltando,
Devagar e com firmeza
Não sabia eu,
O poder da natureza.

O vento que já era forte,
Chegou mais e mais.
A coitadinha embicou
E para o chão se mandou

No meio do caminho,
No galho foi ficar
Não houve quem a tirasse
Até o vento sossegou!

Será que foi medo,
Ou frio demais que tomou?
Ali presa no galho,
Ate hoje ficou...